SENZALA
É infinito o olhar de desespero
a palavra que acusa
a voz que condena
inocência maculada
jogados atrás das grades...
Triste dilema
paralelas que deságuam
saídas para esgotos
despejos que fedem
justiça que bóia...
Na multidão...
são eles!
que fazem história
sempre ilesos
cupins que devoram...
Na memória lembranças
quebra-cabeças
corações em pedaços
espalhados em cativeiros
voa esperança...
(Jamaveira)
|