A Garganta da Serpente

Jaime Marques

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Soneto da vida

Enquanto vivo, só uma imagem
Depois de morto, uma lembrança
Em tempo breve, uma passagem
Ao paraíso, a alma alcança

Em luz avista o tempo animado
No escuro sonha...descanso eterno
Viver barroco, qual dizimada
Vai a milhão do céu ao inferno

E lá no espaço dos suicidas
No baixo ventre das parricidas
E os depressivos sobreviventes
No mel e o fel que traz na boca
Da vida cruel, a vida louca
Há um espírito de ser vivente


(Jaime Marques)


voltar última atualização: 23/02/2009
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