A Garganta da Serpente

Izaqueu Julian

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

TRINTA MINUTOS 00:30

Acho que meia hora será suficiente.
Sim. Trinta minutos, não mais que isso.
Porém, não serão quaisquer trinta minutos,
Esse instante, (apesar de breve) exigirá um profundo respeito, pois serão minutos de amor, de inspiração, e, sobretudo, de reverência, de extrema reverência.
Por isso, será necessário invocar os céus para que seja preciso parar o sol, acalmar as ondas que se fizerem turbulentas nas águas dos oceanos, e ninguém, absolutamente ninguém, poderá nascer ou morrer para não desconcentrar a magia deste momento. 00:18
Existirá uma tamanha necessidade de clamar a "deus", para que seja permitido parar o tempo, fazendo com que os ponteiros de todos os relógios fiquem inertes, impedindo todos os seres de balbuciarem uma só palavra,tornando-os incapazes de exprimirem todo e qualquer movimento, inclusive até os da própria atmosfera que será incumbida de congelar o vento. E sei que o "criador" atenderá prontamente a minha súplica, uma vez que terei como fulcro a sinceridade do meu amor de homem e de poeta. 00:07
E aí sim, depois de embevecido, conduzido pelo silêncio total do universo, com toda a magnitude dos meus sentimentos, talvez então, depois de tudo isso, eu pudesse pensar na possibilidade de sentir-me digno de para ti, escrever um poema. 00:00


(Izaqueu Julian)


voltar última atualização: 04/01/2008
8207 visitas desde 04/01/2008
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente