A Garganta da Serpente

Izabel Martho

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HIDRA

Regenera-te
Hidra decepada
Não de membros desprovida,
De coração sugado
De alma soprada.
Regenera-te
O tempo não espera
Corpo disforme
Maremoto dilacera
Distende as fibras
Rompe as veias.
Regenera-te
A vida se esvai
Em rio vermelho
Caminha para o mar
Abre canais no sal
Resta nada afinal.
Regenera-te
Que o sol se põe
O escuro vem
Frio se faz
Te congela
Ou regenera-te
Hidra...
Só te resta
O final de mais um dia...


(Izabel Martho)


voltar última atualização: 04/07/2005
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