Prenda minha
No meio da planície
bordada de olhos d 'água
na anatomia rítmica da paixão
no banco do rio , no meio do campo
o útil torna-se belo
o par amoroso
as pegadas de prata
os animais em cena
parte maior de nosso ser
o olhar dos onze céus que iluminam
a face dourada pela manhã
rodeado pela dança meiga das cadeiras
rosadas
no olhar azul do céu
pela volúpia de raios turquesas
o rio passando no meio
entre o verde de seu quintal
as pernas molhadas pelo capim-gordura
as botas suadas
criando a vontade de construir homenagem
na meiguice do teu olhar
dentro da alegria plena e silenciosa
o ritmo de nossa respiração
estabelece o ritmo de nosso corpo
o vale das cavernas esculpidas
nas manhãs claras...nos dias claros!
(Ivy Marie Rousseau)
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