A Garganta da Serpente

Incubus

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Decadência

Diante de ti cai a máscara,
Revelando tua face cadavérica,
Exangue expostas aos vermes,
Que por entre tuas narinas e tua boca,
Rebolam em dança macabra,
Devorando a carne que teu ídolo lhe deu,
Ensangüentando teu peito do sangue que cai
Da tua verdadeira face...

Teus braços ardem em desespero,
Tentando limpar a sujeira que te corrompe,
Tuas unhas te cortam castigando a carne traidora,
Teus seios secam revelando tua decadência,
E do teu coração escorrem fezes,
O melhor modo de revelar teu interior...

Tuas costas queimam sentindo as chamas,
Tua nuca abre-se espirrando teu sangue,
Teus ossos se partem desabando teu corpo,
Ajoelha-se em fraturas expostas,
Rasgando tua barriga e tua cintura,
Te espetando em teu própio esqueleto...

Tuas pernas se abrem,
Rasgando tua virilha pútrida,
Liberando o cheiro de sexo,
Da tua pecadora vagina que se contrai bruscamente,
Entregue ao sangue de tuas passadas orgias...

Devorada pelas moscas é teu pleno futuro,
Teu preço por ter trocado o que já era teu por prazeres momentâneos,
Queime enquanto rio e acaricio teus lábios com os meus,
Escarrando em tua boca,
Esfaqueando tua alma...


(Incubus)


voltar última atualização: 16/10/2001
5388 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente