A Garganta da Serpente

Helen Clara

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OLHAR

Só o olhar diz tudo,
Um olhar que pode desvendar o mundo,
Visão; grande sentido,
Sentido que pode demonstrar o que está sentindo,
Olhar; parte superior que te leva às vezes sem querer,
Um mundo de alucinação.

Só o olhar diz tudo,
O meu, por exemplo,
Vai alem de se dizer,
Ele grita, clama:
"estou assim, me entenda!"
Quando fecho os olhos,
Tento esconder o que sinto,
Pois são eles que contam todos os meus segredos,
Às vezes inimigo, e às vezes amigo,

Mesmo sorrindo,
Meus olhos fofocam que estou triste;
Mesmo chorando;
Meus olhos dizem que estou mentindo;
Mesmo cantando;
Meus olhos gritam que estou chorando;
Mesmo amando,
Meus olhos cantam, cantam e cantam!

Olhar traiçoeiro,
Mas às vezes confiável;
Olhar sincero,
Mas às vezes inimigo,
Parceiro das horas incertas,
Quando a boca cala,
O olhar fala.
Pequeno circulo brilhante,
Grande nas muitas vezes em que o corpo pede ajuda,
Grande comunicador de almas,
Leva a mensagem em grandes distancias,
Mesmo em lembranças,
Eles repetem a mesma frase;
Também há enigmas a decifrar,
Tanto gela, quanto aquece,
E o pequeno circulo brilhante,
Tanto ma quanto também sofre,
Tanto seca, quanto cria uma bela cachoeira,
Olhar,
Diz tudo sem precisar dizer.


(Helen Clara)


voltar última atualização: 15/04/2004
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