Louvor Para Uma Urna
In memoriam: Ernest Nelson
Era uma face amável do norte
Isso criou o disfarce de exilado
Os olhos perpétuos de Pierrô
E, De Gargântua, o seu riso.
Seus pensamentos entregues a mim,
Na colcha branca do travesseiro
Eu percebo agora, eram heranças
Cavaleiros delicados da tempestade.
A lua inclinada na colina tendente
Uma vez orientada em nossos pressentimentos
Do que o morto mantém vivo ainda
Em tais existências da alma.
Empoleirado na entrada do crematório,
O relógio insistente comentava
Tocando bem em nosso elogio
De glórias formais do tempo.
Ainda, tendo em meio ao cabelo de ouro,
Eu não posso ver aquela sobrancelha presa
E que se perde no som seco de abelhas
Estiradas por um espaço lúcido.
Difunda estas palavras bem-significadas.
Na primaveril fonte enfumaçada que enche
Os subúrbios onde elas irão por último.
Estes não são nenhuns troféus do sol.
(tradução: Eric Ponty)
(Hart Crane)
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