A Garganta da Serpente

Hart Crane<

Harold Hart Crane
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Para Uma Ponte Do Brooklyn

Quando o amanhecer desaparece, resta um calafrio
A asa da gaivota irá emergir e girar-se-á inspirada,
Derramando anéis brancos de tumulto, construindo alta,
Em cima da baía encadeada, onde molha a Liberdade.

Como o marfim encurvado que abandona nossos olhos
Como aparentes velas de um veleiro que se cruzam
Alguns comentam que são imagens para serem guardadas;
Até que elevador nos dissimule o nosso dia...

Eu penso em cinemas, nos truques panorâmicos,
Com multidões presas para alguma cena reluzente
nunca descoberta, mas para acelerar novamente,
Profetizando a outros olhos na mesma cena;

E vós, pelo porto, de passos prateados
Feito um o sol que surge, abandonado de vosso passo
Daquela sensação sempre por espreguiçar-se,
Implica novamente vossa liberdade!

Fora de alguma escotilha de metrô, cela ou sótão
Um encosto laminado acelera os vossos parapeitos,
Espreguiça-se um momento, feito uma camisa folgada,
E um gracejo cai da caravana muda.

Em Down Wall, uma viga mestra vaza ao meio-dia a rua,
Um rasgo de dente do acetileno do céu;
Durante à tarde tornando-se guindastes de áreas- nuvens...
Vosso cabo murmura o silêncio do Atlântico Norte.

E se obscurece como aquele céu dos judeus,
A Vossa Recompensa... Vos Aguarda para que realmente doais
De um tempo de anonimato não pode ser glorificado:
Estremeço nesta constatação e perdôo que vós me mostrais.

Tocam harpa e altar, da fúria fundida,
(Como mera labuta alinha cordas do coro que vós encadeais!)
Entrada terrificada do empenhado profeta,
De oração de pária e o grito de amante,

Novamente os semáforos desatam-se da vossa pressa
Fala não dividida; - o suspiro imaculado de estrelas,
Encaminhando vosso caminho-condensado da eternidade:
E eu venho à noite erguido em vossos braços.

Debaixo de vós sombreia pelos cais que eu esperei;
Somente na escuridão vossa sombra é clara.
Os ferozes pacotes da cidade todos desfeitos
Já neve submergindo pelo ano férreo...

O Insone, como o rio sob vós
Saltando o mar, o gramado sonhador das pradarias,
Até nós os mais humildes algum dia varram, e desçam
Da curvatura emprestada do mito a Deus.

(tradução: Eric Ponty)


(Hart Crane)


voltar última atualização: 18/10/2005
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