A Garganta da Serpente

Haroldo P. Barboza

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Enchentes letais

Chuvas fortes e torrenciais
Tanto inundam vilarejos
Como grandes capitais.

Os impostos "deságuam" nos desvios
E os contribuintes afetados
Ilhados ficam a ver "navios".

Barracos desabam pelas encostas
Enquanto águias financeiras
Continuam as altas apostas.

Roupas e vidas são perdidas
Nos bueiros das belas cidades
Onde afloram solidariedades.

Bóia o corpo da pobre criança
No sujo rio que transborda
Afogando nossa esperança.

Águas que alimentam vidas
Revoltam-se contra os desleixos
E nos causam estas feridas.

Tragédias causadas por temporais
Apenas servem aos políticos
Em seus trampolins eleitorais.

Bom seria que estas águas
Que afetam pobres e bacanas
Afogassem as letais ratazanas.


(Haroldo P. Barboza)


voltar última atualização: 15/02/2011
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