A Garganta da Serpente

Hadan F. Porfírio

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A Bela e a Besta

Os crimes me consomem como a um câncer
Se dantes me atormentavam o sono,
Hoje já me saciam
Mas tornei-me aquilo que nunca esperei ser...

Que faço, afinal?
Em meu reinado de loucuras e tormentas,
Busquei aquela que pudesse me trazer são -
Mas só encontrei quem me permitisse ser louco e insano...

Meu mundo já não é o mesmo
E já não sinto paixão como antes...
Meus delírios se tornaram as minhas verdades
E a verdade tornou-se aquilo que me faz insano...

Eu sou a Besta - isto porque já fui Bela
Eu sou demônio, sendo outrora, anjo
Eu sou os crimes
E a carne, em sua concupiscência

"Devassidão" é o meu nome -
E "tormenta", a minha realidade...
Não sei se preciso libertar a Besta,
ou aprisioná-la para sempre,

Mas sei que ela jaz furiosa,
Clamando meu nome para que a liberte.
Mas, e quanto às juras que fiz?

Quero libertar-me,
Começar tudo novamente,
Senão, perder-me-ei para sempre...


(Hadan F. Porfírio)


voltar última atualização: 25/03/2010
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