A Garganta da Serpente

Hadan F. Porfírio

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As Brumas de Avalon

Ah! Os meus temores,
Que me assolam e me surram,
Minhas preocupações,
As quais descarrego nestas páginas sujas...

Quando assim me ergo
Sempre acredito que após novo sono -
Provindo novo dia -
Nova criatura me tornarei -

Às vezes é um ledo engano -

A alma torna-se irrequieta
E o sono me foge com certeza,
Ou será que dele corro
Para que no reflexo dos meus sonhos eu não me veja?

Pesa-me o estômago,
Esfria-me a espinha
Quase enlouqueço,
Com qualquer preocupação minha

Às vezes imagino que seja o medo de morrer
Mas logo a descarto:
Por qual razão temer o "pós-viver"?
Qual é o problema, então?

Só posso retratar minha baixeza,
Quando o faço pessoalmente, diante do meu amor,
Mas ainda assim, permaneço como estou!

Eu só quero dormir em paz, finalmente
Amanhã estarei melhor, com certeza
Certamente minha alma ficará mais contente...

Eu sei como posso melhorar:
Basta eu ser "eu" novamente...

Não é estranho ser o que não foi
Ao passo que sempre fora o que não é

Hoje já não sei o que quero,
Talvez recomeçar - quem sabe, talvez dê certo -,
Mas..., o tempo não pára e,
Quanto aos erros, as mentiras e o engano,

Esqueça-os! Não fale neles, como se fossem a mais pura verdade...
Liberte-se do auto-engano e seja o que sempre foi:
Você é o que sempre fez...
Se a verdade ferirá seus amados,
Ao menos não prossiga com a mentira.
Embora seu fardo permaneça para sempre,
Se fugir à mentira, ele se tornará mais brando...


(Hadan F. Porfírio)


voltar última atualização: 25/03/2010
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