A Garganta da Serpente

Guilherme Carvalho da Silva

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Tio Irã costura a barra da calça
Uma bainha bem feita
na máquina velha
Cada ponto errado é um palavrão,
desses cabeludos que não
se colocam em poesias
que pintam quadros ensolarados
Um gatinho na varanda
Vovó fritando lingüiças
Pai com o jogo na tv
e seu sono sempre acordado
Alguém compra dim-dim
Debaixo do pequizeiro,
ao lado do Araguaia,
dentro da sombra com aroma de pequi,
eu


(Guilherme Carvalho da Silva)


voltar última atualização: 16/03/2008
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