Dá a tua
voz para que
dela não
sobre mais
esse segredo
contido entre
as duas metades
da tua boca.
Dá a tua voz
para o mundo
num tom que
remeta sempre
mais que a
primavera da
tua língua.
Dá a tua voz
ao vento, dentro
de primaveras
sorridentes no
afago da tristeza.
Dá a tua voz
para que o
assombro do
mundo vire
encantamento.
(Guilherme Carvalho da Silva)
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