A Garganta da Serpente

Grenda Phinochio

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Olhos Negros

Olhos negros, negros olhos.
Olhos negros de olhares maldosos e desejos sóbrios.
Por me fitas com este olhar de pantera no cio?
Já não me tens em tempo,
quando por mim anseias?
'Inda que neste recanto solitário,
a ti pareço silenciosa e ausente.
Oculto neste coração flamejado de paixão,
um rastro de ânsias por ti almejadas.
Embora tu 'inda não tenhas sequer percebido,
deveras, a muito que aos teus pés estou.
Porque, então, não aplaca este desvario?
Não carece obstar-me de amar-te,
assim, com tal zelo e apreço,
que não obstante, esta eterna procura,
me parece absurda,
já que me julgo infinitamente recompensada
E, me regalo sem tanto aparato,
de há muito, amar-te com desvelo.


(Grenda Phinochio)


voltar última atualização: 21/07/2009
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