Templo Sagrado
Encostei meus lábios no leito materno.
Retirando a seiva que jorrava de suas entranhas.
A boca, entreaberta, colheu o fruto
Que nasceu de um parto prematuro.
Deixando à mostra o ventre desnudo.
Livrando-me das roupagens
Que me cobriam o corpo cansado.
Pousei os pés descalços
Na margem dourada do Templo Sagrado.
Deixando lá, plantada, a semente
Em cujo seio deitei raízes profundas.
(Grenda Phinochio)
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