Oásis Tropical
Ó negro oásis dos meus encantos!
Ostentado de cristalinos diamantes,
és fértil até onde finda o areal.
Em ti pousei os pés,
E na imensidão de tuas entranhas,
me acolheste.
Quando a noite fez-se anunciar,
furtivo,
um manto negro caiu , suavemente,
envolvendo-me o corpo.
E como a um filho esquecido pelo mundo,
refestelado,
abracei-te em mimos.
E em longos tapetes em ti ornados,
adormeci,
Até que a aurora festejasse em cânticos,
um novo romper do dia.
Perscrutei aquele solo intocável.
E vislumbrei a opulência de suas formas.
O orvalhar matinal descortinava o horizonte.
O vento,
no arfar de uma brisa que soprava do sul,
Despertou-a, serena.
E o resplendedor de sua relva,
musgosa,
transfigurou a paisagem diurna,
deixando-a plena em virtudes.
E lá estava Eu!...Um desconhecido!
Um profano a tocar-te o seio.
Ó! templo de rara beleza!
És formosa,
E em teu leito repousarei por mais um dia.
(Grenda Phinochio)
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