Frágil Lembrança
A minha dor é secular.
E as lágrimas correm ribeirinhas
Para além dessas margens
Onde as tristezas deságuam rio abaixo
Ao encontro do mar.
A minha dor é faca que fere esta minha carne dorida.
É sangue, é suor, é agonia.
E envolta em sua frágil lembrança
perpetuada entre sonhos e utopias.
Dissabores se chocam
nas correntezas de minhas dores.
E o murmurar das ondas no oceano
Rompem em lágrimas do meu pesar.
Diante do mar revolto,
Vi teu rosto dissipar-se em mim
Num confrontar quase imoral.
Diante daquele momento perturbador
Vislumbrei um novo ser
Que despontava quase imortal.
(Grenda Phinochio)
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