A Garganta da Serpente

Geslaney Brito

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Na vila da espera

Escrevo mesmo é pra você
Nenhuma dor me incomoda
Quando penso na caneta
Declamando lua e teatro
Alguém ator, braços abertos
Te olhando e interpretando
No estado de infinito
Um movimento Deuses
De amor em reverência
O substrato do cenário
O ensinamento da cortina
A volta, o agradecimento
Um texto descritivo
Autor que ninguém acha
A não ser na esquina
Vírgulas e vírgulas depois
           No fundo do teatro
Ponto. Escrevo-lhe assim
Com compromisso
Na vila da espera
Pensando no sucesso
Nenhuma cruz no peito
Querendo imaginar
O rumo do espetáculo
O desenvolvimento
Misterioso público
O quanta do cenário
Fazendo e desfazendo
Descrevendo-nos
Sozinhos... solzinhos
Poemazinhos procurando
Uma saudade densa
Como essa de agora
Que escrevo pra você
Cá da vila da espera


(Geslaney Brito)


voltar última atualização: 07/10/2010
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