Rubras
(À confraria do Papel de Pão)
Algumas delas
São desenhos
De barcos a vela
Outras tantas
São estranhas
Baratas tontas
Palavras nascem
Como se viessem
Prontas
(como
algodão)
Meninas em pranto
Possíveis senhoras
Que se repetem
Roucas
Casadas com o verbo
(dito
e não)
Algumas delas
Saltitam de toca
Revirando as frases
Quase sentindo
Estranhas e loucas
(como
amêndoas)
Palavras-entranhas
Caladas e poucas
Louça de porcelana
Chinesinhas de olho
(costurando
uns parênteses)
Num futuro... passando
Sem relógio nenhum
Apontando
O papel e o tempo
Rubros!!!
Entre um e outro bardo
Ninguém sabe ao certo
As palavras se promovem
Barcos
Bastando-se num ponto
Como se fosse um parto
Um marco que se burile
Como
água...
(E
pão, sem vinho)
(Geslaney Brito)
|