A Garganta da Serpente

Gérard de Nerval

Gérard Labrunie
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Myrtho

(parte do poema "As Quimeras")

Do altivo Pausílipo me enfeitiças,
Deusa, a mente, com mil fogos, brilhante:
Myrtho, que a luz d’ este inunda o semblante
Em trança d’ ouro, uvas negras, mestiças.

C’ o chispar de alegres olhos me atiças
A beber tua taça embriagante,
P’la Musa perfilhado Grego, ante
Lacchus curvado, entregue às suas liças.

Sei porque este vulcão se reabriu...
Mal o tocaste ontem com o pé, lesto,
de cinzas, o horizonte se cobriu.

Aos teus ídolos foi um normando infesto
E logo de Virgílio o láureo gesto
Pálida hortênsia a verde murta uniu!

(tradução: Manuel Anastácio)

(Gérard de Nerval)


voltar última atualização: 07/06/2005
10676 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente