A Garganta da Serpente

Geraldo Vieira

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TIRADENTES

Tiradentes! - cidade decadente
quanta glória! - de ouro teu passado.
caminhando triste em tuas ruas frias
pátios esquecidos - igrejas vazias...
Tiradentes! - sonho sepultado.
Cidade - vasto cemitério
campanário triste-torreão funéreo
Tiradentes! - tenho o teu destino.
fui bebê,criança,fui menino
sou homem,vício,sou ruína
ao nada a vida nos destina.
Tiradentes! - fomos tudo,somos nada
noite fria escura-roseira orvalhada
outrora tão doce-vida perfumada
Tiradentes! - resto de vida-alma minha.
palmeiras caídas - incansáveis fontes
ruas tortuosas - verdejantes montes
esquivosos rios - degradadas pontes
rio das mortes-futuro funéreo meu.
glória,minério,ruína
ao fim a vida nos destina
cidade frágil doente.
Tiradentes! - cidade vida minha
vida minha! - cidadezinha mineira decadente.


(Geraldo Vieira)


voltar última atualização: 09/12/2006
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