NOITE
A noite chega. O pavor me lambe a alma.
Meus olhos pendem pelas janelas.
Busco a tua voz ao vento.
A tua imagem na escuridão,
Na frieza da cama,
No vazio do meu coração.
Vejo espaços vazios. Frios.
Indiferente é a noite.
Meu sofrimento se expande
Até os confins do universo.
Em que estrela escondeste o rosto?
Tenho saudade do teu sorriso.
Tenho saudade de tudo que foste.
E porque fostes a me deixar?
É noite...
(Geraldo Crespo)
|