A Garganta da Serpente

Geraldo Crespo

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TRIUNFO

Amanhã o sol não precisa nascer,
As flores podem morrer
Crianças podem chorar.
Amanhã não quero a lua brilhando,
Quero ver gente chorando
A todo instante, na terra, no mar.
Amanhã não me fale de amor
Em tudo serei rancor
Quero sair, não voltar, não chegar.
Amanhã será minha vingança
Fim de toda esperança
Dessa gente infeliz, tão vulgar...
Amanhã não haverá mais beleza,
Nem vida, nem morte, nem realeza
As fogueiras eu vou atiçar.
Amanhã que não haja perdão
Nem deuses, nem constelação,
Nada para me atormentar.
Amanhã não haverá amanhã.


(Geraldo Crespo)


voltar última atualização: 18/11/2009
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