A Garganta da Serpente

Geraldo Crespo

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Noite1

A noite me trazia a frieza.
Teu sorriso pálido parecia descortinar meu quarto.
Minha vida passava pelas frestas da janela.
Tua presença era vaga. Teu corpo não me aquecia.
Tua voz me deixava inseguro.
Tua cara me mostrava rancor.
As tuas pernas não se encaixavam e minha alma vagava por lugares que nunca vi.
Lugares que não existem, não existiram...
Onde nunca fomos. Nunca vivi.
Queria neste silencio macabro, um pouco do teu riso.
Um pouco do teu cheiro.
Um pouco da tua alma na minha vida. E se algo ainda for possível, por favor:
Um pouco de amor.


(Geraldo Crespo)


voltar última atualização: 18/11/2009
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