A Garganta da Serpente

Georg Trakl

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CREPÚSCULO DE INVERNO

(A Max von Esterle)

Zeus escuros de metal.
Nas vermelhas revoadas
passam gralhas esfaimadas
sobre um parque fantasmal.

Rompe um raio glacial
ante pragas infernais
giram gralhas vesperais;
sete pousam no total.

Na carniça desigual,
bicos ceifam em segredo.
Casas mudas metem medo;
brilha a sala teatral.

Ponte, igrejas, hospital
hórridos na luz exangue.
Linhos grávidos de sangue
incham velas no canal.

(tradução: Marco Lucchesi)


(Georg Trakl)


voltar última atualização: 30/05/2005
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