A Garganta da Serpente

Galdino Moreira Neto

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Sinos de isopor

Escondidos dentro de mim,
Escandindo sílabas de mi vida,
Badalam com vigor
Silenciosos sinos de isopor.

Rasga-se em tiras todo o ar que me sufoca,
Escorre, frondoso, este verme
Pelo olhar, até o chão.

Horizonte avermelhado, cipoal de luzes piscantes,
Tudo se funde na alvorada.
Chego em casa nadando por esperanças vãs.
Trás de mim, os móveis e a parede que me trancam
São testemunhas inanimadas do meu pequeno mar.

A espera é tanta,
Apesar de mansa e submissa.
O telefone toca, de vez em quando,
E a tua sombra se esconde no silêncio que me contempla.

(jan/01)


(Galdino Moreira Neto)


voltar última atualização: 20/05/2001
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