ADDENSATA FOSCHIA
Addensata
foschia sul ciglio dove
Follia ci sfiora appena con il suo
Petulante punzecchiar di mosca
Sul prato scosso lalluce affondo
Calpesto lerba senza contegno
Trapasso il rombo del mio motore
Come la terra che non sadatta
A lische verdi di protocoscienza
Tangibili
versetti psicotici
Frustano le circonvoluzioni
Finché a goccia a goccia stalattiti
E stalagmiti sinnalzano di valium
La metrica cattedrale duttile
Le psico-allucinazioni liriche
Di ceppo claudicante tallona
Al sistema limbico bullona
Amebe infusori
parameci
Del semema brodo primordiale
Sguazzano in un tubo filante
Di china strafottente e replicano
Il tortuoso codice capreolo
A versatili kytos militanti
Pezzi della riscossa spudorata
Che nel prozac adescano le muse
Sdrucite
strofe saprono come
Sanscrite pieghe di tantra mantra
Mozzate lingue di salamandra
Sanno di salsa inviperita
Sono le zampe della gallina
Nel dromo si scavano la fossa
Come le ossa di Montezuma
Panciute rodono la trave mia
Veloce treno
delle sinapsi
Si riaffaccia lalba del dolore
Vetri brillano di fritto e bruma
Parole che oltre questa porta
Puzzano di festa trifolata
Salsicce e penne allarrabbiata
Sprovvisto del gesto risoluto
Maddomestico tra queste teste.
(Gabriele Pepe)
DENSA BRUMA
Densa bruma na borda
onde
Loucura nos roça apenas com seu
Petulante picar de mosca
Na relva removida o hálux afundo
Piso na grama sem pudor
Trespasso o ruído do meu motor
Como a terra que não se adapta
A fiapos verdes de protoconsciência
Tangíveis
versículos psicóticos
Chicoteiam as circunvoluções
Até que gota a gota estalactites
E estalagmites se elevam de valium
A métrica catedral dúctil
As psico-alucinações líricas
de cepa claudicante encalça
Ao sistema límbico parafusa
Amebas infusórios
paramécios
Do semema calda primordial
Agitam-se num tubo filante
De nanquim arrogante e replicam
O tortuoso código cabrito
A versáteis kytos militantes
Peças da virada despudorada
Que no prozac aliciam as musas
Rasgadas estrofes
abrem-se como
Sânscritas dobras de tantra mantra
Partidas línguas de salamandras
Sabem a molho aviborado
São patas de galinha
No dromo cavam-se a fossa
Como os ossos de Montezuma
Barrigudas roem a minha viga
Veloz trem das sinapses
Debruça-se a alvorada da dor
Vidros brilham de fritura e bruma
Palavras que além desta porta
Fedem a festa trufada
Lingüiças e penas à enraivecida
Desprovido do gesto decidido
Amanso-me entre estas cabeças
(tradução: Giuseppe Butera)
|