POEMÁRIO
(..)
Ó filha da sagrada Terra, diz
O nome de tua Mãe. Rumorejam as águas junto ao rochedo
E na floresta as tempestades e, ao ouvir-se, o nome dela
Volta a soar, vindo de tempos remotos, o divino do passado.
Como é diferente! e, com justeza e alegria,
Brilha e fala o futuro que também, vindo da distância, se aproxima.
Porém no tempo intermédio
Serenamente vive o Éter
Com a Terra consagrada e virgem,
E agradados, para a memória, se encontram
Os sem-indigência.
Nos teus dias de festa,
Germânia, enquanto sacerdotisa que és,
E sem violência dás conselho à tua volta
Aos reis e aos povos.
(Friederich Hölderlin)
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