A Garganta da Serpente

Frederico Barbosa

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abrasileirou-se

tomava agora
todas as manhãs
uma xícara de café
bem grosso
e tragava
dois dedos de parati
pra cortar a friagem

dia a dia
hora a hora
a vida americana e a natureza do Brasil
lenta e profunda

alando-lhe os sentidos
e o corpo
amoroso

imprevistos sedutores
felicidades novas
picantes e violentas
comoviam

mais amigo
liberal e franco
adquiria desejos
tomava gosto
aos prazeres

imposições do sol e do calor
muralha de fogo
com que o espírito eternamente revoltado do último tamoio
entrincheirou
a pátria contra os conquistadores aventureiros


(Frederico Barbosa)


voltar última atualização: 02/09/2010
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