A Garganta da Serpente

Francisco Petrônio Ferreira de Oliveira

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Viagem Fantástica ao País dos Sentidos

Como em árvore ferida
O suor brotando como seiva.
Como seiva, o sangue agitar
Nas veias.
O destilar da seiva da vida, em tuas entranhas.

Suores, odores e perfumes
Misturando-se (unos) no duo
Reinventando mágicas poções de amor
No mágico balouçar de teus quadris.
Daí, adormecer. A paz distante
Embalado no canto destoante
Do Cisne Negro em êxtase.

Cavalgar teu seio ardente.

Ouvir, no teu gozo, o canto da sereia
Em naufragar voluntário no mar revolto
De tuas coxas.

Calar, num beijo, a explosão
Do choro.

Reprimir, sob o peso de meu corpo
Teu vulcão ativo de entrar em erupção.
Cravar meus dentes em teu pescoço
E como um vampiro
Sugar teu suor; até, saciado,
Despencar dos montes íngremes de teus seios
Sem morrer na queda.

Apenas adormecer ao teu lado e sonhar contigo
Um sonho bom,
Em que percorra, incólume, a estrada dos tijolos amarelos
Para no fim da jornada
Entrar triunfante em teu coração
E dele, tornar-me senhor absoluto.


(Francisco Petrônio Ferreira de Oliveira)


voltar última atualização: 24/07/2009
8324 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente