A Garganta da Serpente

Francisco Petrônio Ferreira de Oliveira

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Desilusão de Ótica

Mirando-me num retrato de outrora,
eu cri-me alçado em vôo, sem ser alado;
atrelando-me à ilusão do passado
esquecido dos espelhos de agora.

E inebriado assim fui mundo afora
em fantasias, sentia-me remoçado
neste falso delírio acorrentado
que, tão facilmente, a vida devora.

E, em lhe devorando o tempo, cai a venda,
que confunde e mascara a realidade.
Para que o iludido espírito aprenda

Sinto no corpo a terrível verdade:
que a ninguém, no decurso desta senda,
é permitido esquivar-se da idade.


(Francisco Petrônio Ferreira de Oliveira)


voltar última atualização: 24/07/2009
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