A Garganta da Serpente

Francisco dos Anjos

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Soneto de Remissão

Perdoa-me pelo mal que te fiz
Pelas palavras acres proferidas
Por não ser nem tronco, nem raiz,
Por pagar teu amor com feridas

Te quero como a manhã quer o sol
Como a brisa formando tempestade,
Sem ti, meu amor, me sinto mal
E estando só, estou pela metade

Doravante serei-te copa frondosa
Teu abrigo nas noites de inverno
E te cobrirei com olores de rosa

E prometo, se nosso amor reatar
Que a ferir-te, prefiro o inferno
Se tu, meu amor, me perdoar...


(Francisco dos Anjos)


voltar última atualização: 18/03/2010
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