A Garganta da Serpente

Francisco dos Anjos

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Desforço

Destilo meu ódio, gotas ínfimas,
Converto cada gota em esperança
Desfio meu peito, postas cálidas,
Devolvo a ti, somente a vingança.

Minha sentença plena: Vindita.
Mas o fogacho em breve cessa
E a quem eu chamei de maldita,
És já, razão da minha querença.

Entre o amor e o ódio perpétuo
Um me ergue o outro destroça
Diuturno, num moto-contínuo.

E a quem se aproximar possa
Recomendo a evitar o turbilhão
Se, temes sentir um pleno coração.


(Francisco dos Anjos)


voltar última atualização: 18/03/2010
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