A Garganta da Serpente

Francisco Córdula

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TALVEZ UM DIA

Marca, que fica no destino, sem futuro
Obscuro murmúrio, do medo intacto
Tácito cálice de veneno mortífero
Esperando que mais sangue, seja derramado.

Marca, força reprimida, estopim do latifúndio
Vidas exauridas sem dor, nem prantos
Na carnificina que se tornou o campo
Quantas Margaridas serão necessárias?
Para acabar as sucessivas batalhas?

Marca, facultada, na ponta da navalha e nos tiros da doze.
Grilhões da covardia descambada
Quantos Chico Mendes, serão necessários?
Para dar um basta a estas Chacinas?


(Francisco Córdula)


voltar última atualização: 02/08/2005
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