NOITE II
Noite belo-horizontina
rogo meu lamento à tuas meninas
graciosas em malícia juvenil
O sabiá-laranjeira te chama
encimando a palmeira anciã
enquanto espia flores de ipê-rosado
Penetro displicente em tuas entranhas
sorvo em ti os fragmentos de um futuro retorno
e agora, teu desprezo já não incomoda
(Flávio Bertola da Fonseca)
|