A Garganta da Serpente

Firmino Maya

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Não quero ser um poeta

Não quero ser um poeta
Não tenho tal pretensão.
Quero apenas registrar no papel o que sinto
E, se a escrita é o único meio que tenho
Será ela então, a minha pobre vítima
Do registro dos meus sentimentos.

Não quero ser um poeta
Não ouso tentar sê-lo.
Quero apenas marcar com tinta o que penso
E, se essa folha é o que agora tenho
Transcreverei nela, ferindo sua face pura,
Minhas mal formuladas palavras.

Não quero ser um poeta
Não tenho esse talento.
Quero de um modo simples expressar minha mente
E, se o que tenho em mãos é tinta e papel
Pedirei, então, permissão aos poetas
Para traçar essas rudes e opacas linhas.

Não quero ser um poeta
Não desejo ser Imortal.
Quero apenas que o seja meu amor
E como não posso viver ao seu lado
Deixo aqui, marcado com lágrimas
A parte do que um dia eu pude viver.


(Firmino Maya)


voltar última atualização: 18/05/2007
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