A Garganta da Serpente

Filipe Batista Santos

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Uma Viajem Surreal... Em você

Precipita-se o crepúsculo
Nas sombras, os últimos raios de luz
E você ali está
Ao som da canção do rouxinol
Tão serena, tão bela

Tão serena e tão bela
Posso sentir sua respiração

Se derramando
Escuros como a asa do tangará
Ou os olhos do curiango...
...Seus longos cabelos
Deságuam no riacho
De pétalas de áster
Correndo no chão negro
Cravejado de pedras brilhantes
Rubi, cristal e opala

Onde o homem desenhou
O Escorpião, O Dragão e a Fênix

Na vasta escuridão do cosmo pujante
Em meio a espetáculos luminosos
De perfeição e imponência insonháveis

Só consigo observar você

O doce som de sua voz
Tão harmonioso quanto o rouxinol
Que, aliás, nem ouço mais...
...Deve ter resignado-se
Para te admirar...

E o teu sorriso...
Tão mais fulgente que o luar...
...Que nem com a escuridão
Do chão cravejado de pedras brilhantes
Para realçá-lo
E com o fulgor furtado da estrela-mãe...
...É capaz de resplandecer-se mais
Que um tímido sorriso seu

E você ali permanece
Sem se dar conta de nada
Tão serena e tão bela...
... Ainda posso sentir sua respiração

(15/08/03)


(Filipe Batista Santos)


voltar última atualização: 28/06/2004
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