A Garganta da Serpente

Ferques

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Cidade, labirinto desbotado
Se aqui me fio e não me calo
é porque tento dizer a todo custo
com fumaça grudada na garganta
que não te quero mais.

Fruto do teu engenho torto
me criei - em ledo engano -
fantástico, inigualável e faminto
um jardim de alfazemas
em carne de concreto
sangue em chamas mortas.

Foi-se todo meu viço
Sou engrenagem e aqui repito
todo o todo o meu pesar
que não mais sinto
sou engrenagem e aqui repito
sempre

sempre

sempre


(Ferques)


voltar última atualização: 04/08/2008
6183 visitas desde 04/08/2008

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente
http://www.gargantadaserpente.com.br