A Garganta da Serpente

Fernando Gregório

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Caminho...

Caminho sob a luz da tarde, aqui perto onde jazem imóveis os nossos cavalos, aqui perto, bem perto, sob as árvores morre só mais uma tarde e assim despedem-se do céu as nossas aves.

Despede-se da tua e da minha própria carne o nosso dia, despede-se de tudo o meu e o teu sangue.
Aqui termina, assim será, sempre assim foi, o que atrás começou com o dia.
Aqui só mais uma batida e o nosso coração ficará sossegado, mas ainda é possível mais um passo, mais um minuto.

Talvez o último.

E o teu e o meu coração, indecisos, talvez nos perguntem; Porquê? Porque é assim?


(Fernando Gregório)


voltar última atualização: 28/02/2009
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