A Garganta da Serpente

Fernanda Reis

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No reino dos Céus

Não há céu nem mar, nem terra.
Tão pouco ar, visão e vida.
Nada que impeça essa união
Nada que nos apartam

Tudo é bom, é claro e real.
Gosto de sentir essa brisa
Gosto do calor do sol

Não tenho noção do tempo, de espaço nem de direção.
Tento não sentir o mau nem o bem
Tento não sentir nem enxergar
Quero apenas sentir essa brisa que passa
Essa brisa que me alegra e me faz esquecer o quanto é ruim ficar longe de você

Quero apenas um sorriso singelo, um abraço apertado.
Visualizar o seu ser e ver tua alma
Estás tão longe, que a vida não faz sentido...
Por isso desejo ser esse nada com conteúdo complicado.
Apenas tento entender essas pessoas que me cercam
Pessoas essas que não fazem parte de mim
Que não me querem, não me amam, não gostam de mim...
Fazes parte deste círculo!
Deseja-me sem saber do mau que me rodeia
Da força invisível que me domina
Sou iluminada, apesar de cometer erros e pecados.
Sou sã e perdoada, a procura de alguém como você.

Tu és anjo assim como eu
Apesar da distância, seremos unidos pelo cosmo...
Apesar das barreiras seremos amigos
Apesar dos pesares estaremos sempre juntos
Ligados e unidos pela fé o desejo e a esperança desse sonho tornar-se realidade.

Será perdoado assim como eles
Será mais um anjo no céu a vagar
Ficará triste com esta tua vaga lembrança de quando embaixo reinavas

Há coisas mais importantes na vida além de pedaços de papéis
Existem coisas invisíveis que se transformam em milagres
Ficarei bem onde estou
Esperando tua resposta
Vens ou não?
Continuo a te aguardar... sentindo essa brisa que jamais passará.


(Fernanda Reis)


voltar última atualização: 27/03/2003
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