A Garganta da Serpente

Fernanda Reis

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Sem rumor

De onde viemos
Viemos pra onde temos de voltar
Se do nada surgimos
Apenas o nada nos restará

Tão insignificante somos.
Pequenos, alheios, a procura do nada
Grãos cercados por terra e água
Perdidos nos rumos dessa estrada

Ainda assim eles nos enganam...
Falam que tudo é um jogo
Temos o objetivo de encontrar algo
Sem sabermos se algum dia vamos voltar

O que era já não é mais
Viver nesse jogo não suporto mais
Apenas tento um dia entender
Por que eu e por que você?
Fomos escolhidos!
Toda a humanidade foi
Somos submetidos a encontrar
E viver a vida a vagar
Em busca do rancor

Nada somos nada sabemos
O adjetivo que procuramos
Não vamos encontrar
O "amor e a felicidade", nenhum ser humano vai achar

Eu sei e você também sabe
A vida é fria e cruel
Aprenda a viver pobre cervo da ilusão...


(Fernanda Reis)


voltar última atualização: 27/03/2003
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