A Garganta da Serpente

Fell

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Faces

Ando correndo contra o tempo.
Cabelo emaranhado no vento
O vento emaranhado na roupa.
De roupa suja,
Pés descalços, alma nua e mãos vazias.
Não multiplico a complexidade da vida,
Mas entendo dos males do mundo.
Chamaram-me sábia, chamaram-me louca, chamaram-me maldita.
Serena como o olho do furacão,
Pequena como um raio,
Previsível como água
Estável como o fogo.
Sou eu
sou ninguém
Sem nome certo.
Chamada por todos por muitos nomes.
Muitos nomes, muitas faces.
Sou todas, tenho todas e nenhuma.


(Fell)


voltar última atualização: 17/02/2004
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