SONETILHO
Chorava o chumbo das lágrimas
A chuva dos liquens.
O musgo da memória eclode
Na carne do cosmo.
Sentir o suor das metáforas
Afogueando com febre
A carnação das galáxias.
Era a plumagem dos astros
Enfeitando a fúria dos mitos
Com a faísca dos dentes
Sorrindo fogo da pele...
E a dor do vate vertida
Avança no vácuo das penas
Como as mãos do futuro!
(Felipe Saratt)
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