A Garganta da Serpente

faustopotí

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Displicente

Foi apenas um olhar displicente,
Sem intenção, nem mesmo malicia,
Logo após em ternas caricias,
Eu aplacava o teu corpo quente.

O gosto do vinho inda brotava,
Do hálito de tua boca carnuda,
Então no leito, deitada e desnuda,
Sôfrega e impaciente me esperava.

Depositaste em meus lábios teu beijo,
Na mais ardente veleidade,
Deixando-me em intranqüilidade,
Provocando o mais profundo desejo.

Os corpos se fundiram num só,
Sem começo, nem meio, nem fim,
Coladinhos, permanecemos assim,
Despercebidos do nosso redor.

Na manhã despertei do meu sonho,
E ainda vislumbrei teu sorriso,
Meu sonho, que foi tão conciso,
Ameniza meu pesadelo medonho.


(faustopotí)


voltar última atualização: 19/05/2017
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