A Garganta da Serpente

faustopotí

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Eu por ti

Sobre teu peito, amada minha;
Derramo meu sangue quente,
E sobre teus olhos, minhas lagrimas,
Hão de tornarem-se cachoeira caudalosa.

Amada minha, perdoa meus erros,
E deita o pó, ao pó que sempre fui,
Deixa a poeira levar-me ao vento,
E que meu ser pereça em tua alma.

Hoje, não haverá madrugada,
Nossa noite será eternamente infinita.
Abraça-me forte, oh dama noturna!
E lava-te em minha seiva sanguínea.

Quando meus lábios balbuciarem,
Repetidas vezes teu lindo nome;
Não podereis discerni as palavras,
Então ficará comigo a derrota.

E hei de ir-me, por caminho oposto,
Seguirei ao avesso de ti, amada,
Mas meu sangue, jamais deixará,
De macular tua vida extremamente vã.

De ti, levarei meus momentos,
A ti, deixarei meus tormentos,
Por nós, nossos amores ciumentos,
A nós, apenas tempos cruentos.


(faustopotí)


voltar última atualização: 19/05/2017
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