A Garganta da Serpente

faustopotí

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A alma do poeta

A saudade é sentimento de quem ama.
Quem, de acesa chama, chama o amor.
É a saudade, palavra de quem chora,
E no poeta mora, como se fora uma dor.

A saudade é combustível que alimenta,
E no poeta mora, como se fora uma dor,
É a saudade, o sentimento que apimenta,
Quem, de acesa chama, chama o amor.

A saudade é um profundo precipício,
Quem, de acesa chama, chama o amor,
É a saudade, o mais longo solstício,
E no poeta mora, como se fora uma dor.

(...).

A saudade de quem fica, ou de quem vai,
É o equinócio que equipara a nostalgia,
Gravidade que aos corações atraem,
Como se fora iguais, tanto noite quanto dia.

A saudade é o entusiasmo que inspira,
As canções dos loucos apaixonados,
E o poeta com seu coração em embira,
Embala lira, tal dementes desvairados.

A saudade é o que sinto nesta hora,
É a angústia aprisionada em meu ser,
O sentimento que não quer ir embora,
E o peito chora, a triste falta do prazer.

É a saudade que á esse bardo atormenta,
Já que um dia ele amou quem não devia,
Pois sua musa o deixou, ele lamenta,
Mas inda alimenta sua tão pura porfia.


(faustopotí)


voltar última atualização: 19/05/2017
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