SONETO DE DESTRUIÇÃO
Um fogo devastador lavra n'alma
E ardente nas entranhas s'instala
O delírio da febre o coração abala
Desatina a boca, recita sem calma
A mente ferve a ponto de trauma
Da vida louca resta profunda vala
Linda flor que morre murcha palma
A boca antes falante hoje se cala
Tudo que se viu belo, agora é ruína
O sentimento cruel, pungente destrói
Sem exceção, pois de todos é sina!
A decepção amargura sem cessar
Sequer o esquecimento pode apagar
O que essa vil gangrena corrói.
(06 de fevereiro de 2003)
(Fabio Sorcier)
|