SONETO DE VINGANÇA
Desse torpe mal nunca mais hei de sofrer,
Porém, infeliz dos amores perdi a graça
Porque abandonado contemplei a desgraça
Sob o destino de um romance sem prazer.
Mas na ira não hei de apressado me perder
Noturnos desejos tornam tua vida a arruaça
Enquanto um olhar oculto atrás da vidraça
Estima tua derrota até o dia amanhecer
Grande será teu tombo no canto da praça
E de ti zombará desocupada a populaça
Assim tua sorte p'ra sempre desaparece
Eis cá tua vida que na vingança perece
Pois minh'alma do desprezo não esquece
Até que se beba do ultimo gole da taça
(21 de dezembro de 2002)
(Fabio Sorcier)
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