A Garganta da Serpente

Fábio Camargo

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Peito vazio

No vinho seco
Das noites de insônia
Me embriaguei.

Na cama sórdida
De minha revolta
Virei noites a chorar.

Com espinhos implacáveis
De arrependimentos
Fiz minha coroa.

E na frieza
Desta senda
Sentindo precoce
Decrepitude
Gritei ao mundo
Ao querer me esfolar:
-Me deixem!
Aqui já não há
Mais coração!


(Fábio Camargo)


voltar última atualização: 13/10/2003
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